quinta-feira, 14 de junho de 2007

Maravilhas Modernas

Francoise Hardy
(Texto originalmente escrito em 18/05/2007)
A existência de arquivos mp3 disponíveis na Rede, permite que se tenha acesso a músicas que, de outra forma, não chegariam a muitos de nós. O mercado de CDs (originais ou "genéricos") não oferece, pelo menos no Brasil, muitas das melodias que encontrei nos programas de troca de arquivos.
Principalmente antigos clássicos da MPB e da música internacional me têm alegrado. Só para citar alguns:
Carlos Galhardo em Última Inspiração, tangos como Confesión e Nostalgias, a (ex)musa francesa Francoise Hardy e muitas das melodias que The Beatles regravaram, mas com seus intérpretes originais.
Não fossem os mp3 e, certamente, eu não conheceria essas jóias musicais.

Mãos ao Alto!

(Texto originalmente escrito em 30/03/2007)
Um banco, do qual eu não sou cliente, me envia um anúncio sobre um empréstimo "para resolver a vida". Seria para pagar minhas contas de IPTU e de IPVA. O detalhe é que os juros são de 6,99% ao mês !
Ou seja, resolve-se o problema do IPTU e IPVA e cria-se uma nova dor-de-cabeça. As parcelas ao longo de 18 mêses (é o que eles oferecem) quase duplicam o valor inicial do empréstimo.
É o que se pode chamar de agiotagem legalizada.
Essa conclusão vale, também, para os juros que se cobram nos cheques especiais e nos cartõs de crédito.

The Smiths x U2

(Texto originalmente escrito em 13/03/2007)Voltei a escutar The Smiths, agora em um equipamento de som mais potente do que o fraquíssimo CD player que tenho em casa. Foi no player do meu carro. Constatei o que já havia quase esquecido. Eles são bons mesmos.
Fora algumas coisas melosas que Morrissey interpreta, temos várias jóias que são puro rock. Além da voz muito pessoal dele, temos o peso da bateria e a guitarra afiada de Johnn Marr, pedindo para balançar e vibrarmos junto com eles.
É algo bem diferente do seu contemporâneo U2. O grupo irlandês me irrita com seu líder cheio de boas intenções políticas e pouca inspiração musical. Nada de marcante; nem em sua voz técnico-burocratica e nem no som dos demais componentes da banda. Colocassem uns robôs para interpretar suas músicas e ninguém notaria a diferença. Para mim não é surpresa observar o exibicionismo de Bono (nome de sabão em pó, de biscoito, sei lá.) e seu deslumbramento com a indústria de consumo.

Aprendendo Com Quem Sabe

(Texto originalmente escrito em 10/03/2007)
Digamos que foi um abalo emocional no meu emprego que me afastou dele por mais de um mês.
Estive no posto da Previdência Social, ontem, para fazer a perícia que me liberaria para voltar ao trabalho depois de pouco mais de 30 dias de licença. Já foi um adiamento pela ausência da médica, dois dias antes.
Cheguei às 13:00 horas e só fui atendido às 19:10. Normalmente eu já estaria me destruindo intimamente pela ansiedade, mas vendo tantas pessoas em situações bem piores (física e economicamente) que a minha, consegui conter a minha raiva. Aquela gente conseguia rir contando histórias e fazendo piadas, como se nada muito grave os atingisse. Confesso que aprendi alguma coisa boa com eles.
Mas minha longa espera foi quase em vão. No momento da perita consultar meus dados no sistema do computador surgiu (sabe-se lá porque) uma mensagem de “acesso bloqueado”. Resultado: estou na prática liberado para trabalhar, mas terei que voltar ao posto da Previdência na segunda, para formalizar a papelada.
Portanto haveria motivos de sobra para eu me enfurecer. Talvez seja a oportunidade, no entanto, para dar a volta por cima desta ansiedade que me domina há muitos anos.
No final das contas, entre mortos e feridos, pelo menos eu, me salvei.