Favores e desfavores

Leio no jornal de hoje que uma empresa turca inaugurou uma fábrica de água oxigenada em Camaçari. Motivo para o governo do Estado valorizar sua imagem. Ora, seria motivo de festa se a industria fosse de origem baiana. Por que precisamos esperar por uma empresa da Ásia/Europa para produzir água oxigenada? É necessária uma tecnologia tão avançada para produzir esse produto? Até quando vamos depender dos favores do governo Federal e do exterior para crescermos economicamente?
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E, se os jornais não tiverem mentindo, a importação de gasolina cresceu, em média, 400% nesse ano de 2011. Tanto estímulo à criação de carros bi-combustíveis e o álcool fica mais caro que a gasolina quando calculamos o custo-benefício. Os lançamentos de novos modelos de veículos não incluem aqueles mais econômicos, que existem em outros países. Dá pra entender?

Agora e Antes

Assisti a poucos episódios da série de TV Gossip Girl, que me parece interessante. Hoje vi o episódio 22 da 3ª temporada, e notei alguma semelhança com a história do livro O Grande Gatsby de F. S. Fitzgerald. O personagem Dan Humphrey me fez lembrar de Nick Carraway, personagem do livro de Fitzgerald. Ambos, de origem modesta, passam a frequentar a alta sociedade de Nova York. São fascinados por aquele ambiente refinado, mas percebem as mentiras e traições das pessoas ao redor.

Não posso me aprofundar, por enquanto, já que assisti a pouquíssimos episódias de Gossip Girl. Já li e reli The Great Gatsby e me encantei pela narrativa e estilo do autor. Mas é inegável que há pontos comuns às duas histórias: a classe social mais alta da mesma Nova York (embora em épocas diferentes), um personagem estranho ao ambiente que luta para permanecer alí, e um atmosfera de requinte e decadência daquele mundo de sonhos.

Melancolia (o filme)

Fui assistir a este filme acreditando que ele poderia trazer alguma mensagem de otimismo, ainda que bem escondida. Porém o diretor não demonstrou a menor vontade de buscar algo de agradável dentro do tema e dos personagens.
A primeira parte (a festa de casamento) considerei confusa. Os motivos para o comportamento dos personagens, notadamente da noiva. Seria tudo influência do planeta Melancolia?
O sentimento de melancolia é conhecido de muitas pessoas. Uma espécie de desmotivação, de passividade, mas que pode levar a reflexões importantes. A partir daí podemos mudar o rumo daquilo que consideramos errado ou incompleto em novas vidas.
Mas no filme não há como evitar o choque daquele planeta com a terra. Acontecerá o fim da humanidade e pronto.
Felizmente não temos notícias de algum astro celeste fora de órbita, e que esteja no caminho da Terra.
Este filme me fez lembrar um música que eu ouvia na infância. Tinha uma bela melodia e uma letra pessimista. Mesmo com cerca de 10 anos de idade eu gostava muito de ouvi-la. E ficou sempre na minha memória o refrão: "O mundo está mudando. E sem querer se perdendo. O Céu está escurecendo. E até começa a chorar. E a chuva cairá. Sobre o mundo pequeno".
Descobri agora que é uma versão de 1968, cantada por um grupo chamado Os Caçulas. Curiosamente eram dois garotos e duas meninas adolescentes, apesar da temática adulta.
No final das contas, gosto mais da música (A Chuva que Cai) que do filme.

Caminhando, Cantando e Seguindo.

Talvez eu nunca tenha sido esquerdista, apesar da simpatia que já tive por algumas dessas idéias durante a minha adolescência e juventude. Hoje acredito que o mundo é, felizmente, muito mais do que uma divisão entre esquerda e direita. O ser humano é mais rico de idéias e sentimentos do que as ideologias ou religiões nos querem mostrar.

No entando, sempre que ouço "Para Não Dizer que Não Falei de Flores", com Geraldo Vandré, algo se agita dentro de mim. Um novo-velho sentimento de querer mudar as coisas, ou apenas de ver essas coisas com novos olhos. Uma música que eu ouvia na minha infância e que, bruscamente, parou de tocar por ordem dos militares.